Iniciativa está em fase de teste. O motorista pode optar entre a punição financeira ou de tempo - nesse caso, tem que esperar
O país tem um programa que encoraja inovações nos serviços públicos. Um time de profissionais que trabalham para o governo propõem soluções diferentes para problemas usuais.
“No começo era uma piada”, Laura Aaben, uma das conselheiras de inovação do projeto contou em entrevista ao The Economist. “Mas a gente sempre acabava voltando pra essa ideia”.
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O conceito está sendo testado em uma estrada entre Talín, capital da Estônia, e a cidade de Rapla — são pouco menos de cinquenta quilômetros entre as duas.
Quando um motorista é flagrado ultrapassando a velocidade, ele recebe duas opções: pagar a multa ou encostar o carro e esperar de 45 a 60 minutos, dependendo da velocidade aferida quando foi parado pela polícia.
Implantar a ideia em todo o país exigiria muita mão de obra, então, por enquanto, ela não passa de um experimento para medir a recepção dos motoristas sobre o método — que, por enquanto, tem sido positiva.
Na Estônia, as multas geradas por radares não tem efeito cumulativo e nem ficam registradas, como acontece no Brasil. Elas apenas precisam ser pagas, sem nenhuma consequência extra, além da dor no bolso.
Porém, como o valor da multa não está vinculada à renda do infrator - o que faz com que a população tenha a percepção de que essa é uma punição injusta - muita gente não se importa em cometer a infração, pagar, e seguir a vida.
Tempo, no entanto, é igual para todos - as mesmas 24 horas todos os dias. Além de mais igualitário, também fez com que o castigo se tornasse mais tangivelmente relacionado ao "crime".
Mas então, pagar ou esperar? Qual você preferiria?